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Como implementar um sistema de manutenção integrado

A manutenção integrada refere-se a uma abordagem abrangente da manutenção de equipamentos, máquinas e instalações, combinando várias estratégias e práticas de manutenção num só sistema. O objetivo da manutenção integrada é otimizar os processos de manutenção, aumentar a eficiência operacional e reduzir o downtime, gerindo simultaneamente os custos de forma eficaz.

Na manutenção integrada, diferentes metodologias de manutenção são estrategicamente combinadas, com base nas necessidades específicas dos ativos e da empresa. Estas metodologias podem incluir:

Manutenção preventiva

Trata-se de realizar inspeções regulares e tarefas de manutenção planeadas para evitar avarias e falhas nos equipamentos.

Manutenção baseada na condição

Aqui, o estado do equipamento é continuamente monitorizado através de dados em tempo real e a manutenção é efetuada quando se verificam determinadas condições predefinidas.

Manutenção preditiva

Os dados dos sensores e dos sistemas de monitorização são utilizados para prever quando o equipamento pode falhar, permitindo que as atividades de manutenção sejam programadas atempadamente.

Manutenção centrada na fiabilidade (RCM)

Esta abordagem, conhecida como Reliability-Centered Maintenance (RCM), privilegia as tomadas de decisão de manutenção com base no fator crítico e no impacto das falhas nas operações a nível global.



Manutenção reativa

Quando as reparações não planeadas são efetuadas em resposta a avarias ou falhas inesperadas.

Manutenção Produtiva Total (TPM)

Esta metodologia foca-se no envolvimento de todos os funcionários na manutenção do equipamento, para maximizar a sua eficácia global.

Ao integrar estas diferentes abordagens de manutenção, as empresas podem criar uma estratégia de manutenção mais holística e eficiente, que tem em conta fatores como a fiabilidade do equipamento, as necessidades operacionais, os custos e a segurança.

Os atuais CMMS não são a resposta

De acordo com a McKinsey, os técnicos continuam a passar menos de metade do seu tempo a fazer trabalho prático, caindo para menos de 30% em alguns casos. Durante o resto do tempo, procuram os materiais e as ferramentas certas, juntamente com o equipamento de proteção, lêem informações relevantes, introduzem informações, verificam autorizações, etc. 

É certo que os técnicos nunca irão colocar ‘as mãos na massa’ durante 100% do tempo. Mesmo com a tecnologia mais avançada, terão sempre de dedicar  algum tempo a obter o que precisam para a reparação ou intervenção. Mas podem organizar-se muito mais rapidamente com um software intuitivo, que compile todas as informações relevantes.

Informação centralizada e operações integradas

Para os prestadores de serviços cujo serviço principal é a manutenção, as operações integradas não são apenas ‘algo bom de se ter’. Tudo deve estar ligado a uma estrutura central,  para maximizar os recursos, ser ágil e tornar-se mais competitivo. Mesmo as integrações menos óbvias, como as ferramentas de contabilidade, podem simplificar a relação com os clientes.

Integrar o seu software de manutenção com os sistemas de gestão de edifícios do seu cliente — como o Siemens BMS, o BISYS ou o Projedomus —, é fundamental para recolher dados em tempo real, receber notificações e tomar decisões baseadas em dados, seja relativamente a intervalos de manutenção, ao consumo de energia, à gestão do ciclo de vida dos ativos ou a outros aspetos.

Com esta centralização, os prestadores de serviços podem melhorar o seu planeamento, seja através de integrações com ERP, software de otimização de rotas ou ferramentas de comunicação. Em geral, é seguro dizer que as operações integradas oferecem ainda uma melhor experiência de utilização à sua equipa.

Vantagens das operações de manutenção integradas

A manutenção integrada pode ajudar a prestar um melhor serviço. No entanto, também vimos que a experiência não melhora apenas do ponto de vista do cliente. Tanto para os gestores como para os técnicos, passa a ser muito mais fácil gerir as rotinas diárias.

As falhas acontecem — é um facto. O que faz a diferença é a rapidez com que as consegue resolver. Quando os seus técnicos podem aceder facilmente aos registos e documentos técnicos do equipamento, chegarão mais rapidamente a um diagnóstico e ficam a saber como o problema foi resolvido anteriormente.

De acordo com a McKinsey, a monitorização da condição e a resolução avançada de problemas — que são algo ‘mais simples’ do que a manutenção preditiva —, podem produzir resultados impressionantes. Mas é necessária uma mentalidade centrada em dados fiáveis e estes são mais fáceis de obter com operações integradas.

Os edifícios não residenciais consomem, em média, mais 40% de energia do que os edifícios habitacionais. Garantir que os ativos são bem conservados, a par da  integração da plataforma de manutenção com os sistemas de gestão de edifícios, pode ter um impacto real na redução das emissões de carbono da maioria das empresas.

Se associa ‘operações integradas’  a ‘trabalho remoto’, está a pensar corretamente. Embora isto não seja tudo, as operações integradas permitem que várias equipas trabalhem em conjunto remotamente, o que torna a gestão mais ágil, resiliente e preparada para a Indústria 5.0.

A centralização da informação e a integração da sua plataforma com o software do seu cliente ajuda-o a cumprir os regulamentos, as  leis e as normas de qualidade ISO. Para além disso, pode recolher dados que comprovam a conformidade com os SLA estabelecidos.

Em última análise, as operações integradas permitem-lhe recolher mais dados, o que permite tomar decisões mais fundamentadas. Pode descobrir formas de evitar o desperdício e maximizar os recursos, melhorar o planeamento da manutenção e proporcionar um desempenho de topo em cada etapa do processo.

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